Jogando em casa, Vitor Araujo conquistou o lugar mais alto no pódio. No feminino a paranaense Lara Carolina Malanowski foi a campeã da categoria (para atletas de 12, 13 e 14 anos).
O Rio Grande do Norte chegou ao lugar mais alto no pódio dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte. O potiguar Vitor Araújo, do colégio Overdose, de Natal, conquistou o título no xadrez. Vitor pratica o esporte há quatro anos e começou por incentivo dos pais.
Em segundo lugar ficou Igor Cadillac, do colégio Lantagi, de São Paulo, e a terceira colocação foi Pedro Paulino, do Colégio Jesus Maria José, de Minas Gerais. Em 2011, durante a participação nas Olimpíadas Escolares realizada na cidade de João Pessoa, na Paraíba, Vítor havia ficado na 14ª posição.
- Eu treino online, pela internet, jogando contra outros enxadristas. Comecei por incentivo de meu pai. Até os onze anos, eu sabia movimentar as peças, mas sem o cálculo necessário dentro de uma partida - disse o atleta potiguar.
No Feminino
A vencedora do torneio feminino foi Lara Carolina Malanowski, do colégio Sepam, do Paraná. Em segundo lugar ficou Ane Costa, do Colégio Estadual Santo Antônio, de Santa Catarina, e em terceiro ficou Jade Vitória Souza, aluna do Maria Gabriela, do estado do Pará.
Publicado no: http://globoesporte.globo.com/rn/noticia/2013/09/potiguar-garante-titulo-do-xadrez-nos-jogos-escolares-da-juventude.html
Um EXTRA.
Gostei muito do artigo e transcrevo-o abaixo:
Um jogo de xadrez – Por Rosildo Barcellos
Data: 05 maio 2012 - Hora: 18:15 - Por: Portal JH
Paço Imperial, 13 de maio de 1888… começa o jogo. Eram três da tarde. Com a Lei Imperial 3353. É um jogo de xadrez. Mas que por mão mágica é movido. No entanto os brancos saem na frente…
Invejo a lucidez desse jogo porque mesmo não tendo toda a decisão tenho a capacidade de influenciá-lo. E depois mais cedo ou mais tarde tenho de aprender a respeitar a ordem natural das coisas e mudar as peças para que joguem ao meu favor.
Mas acredito que na vida, apesar de tudo, a verdade e a justiça sempre acabam por triunfar e sem pestanejar prossigo o ato, o jogo continua… As peças pretas saem loucas para atingir a última linha. Sabe-se apenas que se regras forem violadas há o risco do peão não chegar. Chega a hora de reunir o necessário e esquecer o acessório conduzindo o destino de cada peça. Começo a perceber uma regra de continuidade e de respostas em cada jogada. É o nosso cotidiano.
Aprender a mover as peças é entender que dois exércitos se enfrentam. São peças pretas contra as peças brancas e peças brancas contra peças pretas e cada jogador tem 16 delas. Essa é a nossa única diferença: não sabemos quanto tempo temos, quantos dias teremos e não sabemos se obteremos chance de consertar o mal que fizemos ou identificar qual foi a nossa “jogada errada”. Mas o objetivo é o mesmo: fazer com que ao final o rei adversário fique sem saída e abdique… É o xeque-mate.
Na vida real cada decisão nossa é um xeque-mate. Mas algumas regras são importantes saber! Por exemplo: uma pedra preta será sempre uma pedra preta, mas isso não interfere no jogo, pois não são somente as brancas que ganham. Um outro exemplo é o movimento do cavalo: muitas vezes devemos desviar de algo para atingir nosso objetivo e depois um terceiro exemplo: um peão que vira dama mesmo com toda a movimentação diferenciada pode “morrer” nas mãos de uma outra peça, mesmo que seja um imoderado e simples peão.
É assim é a nossa vida, tal qual um jogo de xadrez, nossas idas e vindas, nossos problemas atribuladores a enfrentar. O jogo não acaba sem angústia e sem perdas para ambos os lados. Cada ato nosso é mais uma jogada, a favor claro do brilhantismo do jogo; a favor do realce de matizes da vida, limites traçados para o amor em preto e branco. 13 de maio de 2012; fim do jogo? Talvez? Entretanto um grande fato nunca devemos esquecer… O movimento de uma pedra interfere no movimento das outras. E sem dúvida nenhuma o mais importante é a surpresa reservada para o “Gran Finale”: pedras brancas e pedras pretas; a toda poderosa rainha, a esnobe torre, o filantropo bispo ou o humilde peão, sem outra alternativa, voltam para a mesma caixinha!
Articulista (barcellos.sitecar@gmail.com)
Rosildo Barcellos
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