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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

527 - AS DUAS FACES DA LEI (2008) DE NIRO E AL PACINO

Sinopse: Depois de 30 anos como parceiros na panela de pressão que é o Departamento de Polícia de Nova York, os condecorados detetives David Fisk e Thomas Cowan deveriam estar aposentados, mas não estão. Antes de fazer suas malas, eles são chamados para investigar o assassinato de um conhecido cafetão que parece ter ligação com um caso resolvido por eles anos atrás.

Como no crime original, a vítima é um criminoso suspeito cujo corpo é encontrado junto com um poema justificando o assassinato. Quando outros crimes acontecem, começa a ficar claro que os detetives estão às voltas com um serial killer, alguém cujos crimes se perderam nos porões do sistema judicial e cuja missão é fazer o que os policiais não conseguiram - acabar com os culpados e limpar as ruas.

As semelhanças entre as mortes recentes e seus casos anteriores trazem à tona uma desconfortável questão: será que eles colocaram o homem errados atrás das grades?

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A grande sacada de Mann em seu filme foi criar um clima sobre a expectativa do encontro dos dois na tela, e quando ele se dá, ninguém precisa ficar escolhendo para onde olhar, o próprio Mann toma as decisões, na verdade não ele, mas sim o próprio filme, que parece rumar para aquilo, Avnet desperdiça isso totalmente. Primeiro, por durante a maioria do tempo, colocar um interagindo com o outro de um jeito totalmente quadrado, com os dois no enquadramente e um tendo que ficar parado, sem tirar a atenção do outro, esperando sua vez de falar, mecânica e artificialmente.

Esse fator só não incomoda mais, pois ambos parecem saber exatamente o que fazer de frente para uma câmera, coisa que acaba criando uma química que fica mais evidente ainda graças a uma certa força de seus personagens, muito bem desenhados, sejam por eles, pelo diretor ou pelo roteiro. Eu ficaria com a primeira opção, já que, nas duas outras isso acabaria se mostrando como o único acerto deles no filme.

Avnet passa perto de acertar quando finge não forçar a trama para um lugar, deixando-a andar sozinha, mas por pouco tempo, já que logo, acaba se perdendo e afunilando demais toda trama para De Niro, forçando o espectador a só olhar para ele como grande vilão do filme, coisa que atrapalha mais ainda, já que finge entregar essa surpresa nos momentos iniciais do filme, com isso, deixando óbvio a presença de um final tipo “Scooby Doo”, onde alguém vai contar tudo que fez por uma série de “flash-backs”, com os detalhes que passaram desapercebidos diante dos olhos dos espectador.

Junto com o roteiro de Russel Gerwitz, que tinha acertado com o Plano Perfeito (mas que depois de agora, parece estar se viciando por esse tipo de final), Avnet, se embaralha totalmente sem saber realmente o que quer do filme. Enquanto o diretor parece tentar fazer a “maior” malandragem do mundo jogando todo foco da ação para o personagem de De Niro, para afastar todas possibilidades por volta dos outros personagens, acaba só desenvolvendo seu personagem, deixando mais que óbvio o fim. (CUIDADO SE NÂO VIU!!) Ou alguém acha que Al Pacino ia fazer um filme em que seu personagem fica o filme inteiro em segundo plano e no final ainda não ganha o estátus de surpresa (PRONTO, se é que alguém consegui não ler essas duas linhas).

O problema disso, é que ao mesmo tempo, o roteiro parece teimar em deixar todo espaço do mundo para que o serial killer, que resolve fazer o trabalho que o sistema judiciário não conseguiu realizar, seja qualquer pessoa menos o personagem de De Niro, já que ele parece ser o único que aparentemente não esconde nada, nem seus sentimentos, suas frustações, seus momentos de fúria etc., se tornando um personagem tão transparente que não teria possibilidade de ser um serial killer convincente dentro de tudo que a narrativa escolhe por seguir, (Cuidado!!!) deixando esse lado, para o seu parceiro de longa data na polícia de Nova York, vivido por Al Pacino, cerebral, jogador de xadrez, manipulador, sempre mascando um cliclete e impedindo seu parceiro de cobrir alguém de porrada. Só faltando o carimbo de “sociopata de thriller policial” na testa.

Comentários:
RenaDriggs em 14/01/2012
Vi uma vez e achei mt bom!! Gostei mt da atuação do De Niro. É mt previsível, sim, o final ñ é surpreendente, mas eu gostei mt msm de ver De Niro e Pacino juntos. Eu vejo esse filme tipo bem pipoca msm, ñ é pra levar mt a sério uma história tão tosca, o que quero dizer é ki vale msm só por Pacino e De Niro. Bjs :)

Carlos em 02/01/2012Nota: 10
...Claro que não chega a ser um "Fogo contra fogo"- onde Pacino e De niro também encenam juntos, mas mesmo assim é um bom filme. Admirei e asssitirei de novo. Vale a pena sim, mais pelo elenco do que pelo roteiro, mas esse não deixou a desejar.

Viníciusafs em 20/10/2011Nota: 10
À min agradou e muito.  Não há papeis ruins, só atores mal qualificados. Fantásticos, dois mestres.. duas lendas.. dois gênios.
Saudades de "Fogo contra fogo/Heat".

Curiosidades:
» De Niro e Pacino atuaram juntos brevemente em 'Fogo contra Fogo', em que o primeiro interpretou um ladrão e o segundo, um detetive à caça dele. E também participaram de 'O Poderoso Chefão 2', mas não tiveram nenhuma cena juntos.

Elenco:
Robert De Niro, Al Pacino, 50 Cent, Donnie Wahlberg, Carla Gugino
Direção: Jon Avnet
Gênero: Policial
Duração: --- min.
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estreia: 10 de Outubro de 2008

Fontes:

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