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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

217 - EM MARABÁ: VIOLÊNCIA SEM FIM, SEM SOLUÇÃO - O TRABALHO SOCIAL DA PREFEITURA

VIOLÊNCIA SELETIVA


Logo atrás de Itabuna (BA), Marabá é o segundo município brasileiro a apresentar maior vulnerabilidade à violência contra os jovens. O levantamento é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que destaca dez das mais de 266 cidades brasileiras com população acima de 100 mil habitantes. As outras, pela ordem, Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Teixeira de Freitas (BA), Serra (ES) e Linhares (ES).



Segundo o Fórum, a faixa etária com maior risco de perder vidas por causa da violência é aquela entre 19 a 24 anos. A previsão é que 5 jovens morrerão por homicídios antes de completarem 24 anos no Brasil. Na faixa etária de 12 a 18 anos, a estimativa é que 2,38 adolescentes morram antes de completarem os 18 anos. Entre jovens adultos de 25 a 29 anos, a expectativa é que morram 3,73 jovens antes dos 29 anos.


No último fnal de semana,dois menores de 16 anos foram assassinados na Velha Marabá. Um, a tiro, após assaltar um transeunte. Outro, a facadas, foi achado quase debaixo da orla. Em ambos os casos, como é rotina em Marabá, ninguém sabe e ninguém viu.
 
 
Fonte: http://www.quaradouro.blogpot.com/

Fotos: Jornal Correio Tocantins (versão digital)




MORRER É APENAS NÃO SER VISTO


(Fernando Pessoa)


por Fernando Carneiro


 
Onde estão nossos miseráveis? Segundo dados oficiais o Pará tem hoje cerca de 2,1 milhões de seres humanos vivendo abaixo da linha de miséria. Quase um a cada três paraenses. Você sabe onde eles estão? Muitos haverão de ser invisíveis aos olhos de quem está acostumado a viver em um mundo de exclusões. Muitos não são vistos e por essa razão estão quase mortos.


Mas mortos de verdade estão os 512 mil brasileiros assassinados no período de 1997 a 2007. Isso mesmo, mais de meio milhão de pessoas assassinadas em 10 anos. A maioria jovens meninos entre 15 a 24 anos. Boa parte negros, pois em 2002 morriam, vítimas de homicídio, 46% mais negros do que brancos. Já em 2007, apenas cinco anos depois, essa proporção se elevou para 108%.

 
No Pará, no mesmo período de 1997 a 2007, a taxa de homicídios aumentou 195%, o que fez com que pulássemos da 20ª para a 7ª colocação entre o ranking dos estados mais violentos. Entre as 15 cidades mais violentas temos duas: Marabá e Tailândia, sendo que esta ocupa o nada desejado posto de 3ª cidade mais violenta do país.



Miséria e violência andam juntas. Não precisa ser um cientista político ou sociólogo pra saber disso, mas estes números além de serem menosprezados ou escondidos pela propaganda oficial são ofuscados, entre outras coisas, pelo gasto de dinheiro público para fazer propaganda de uma empreitada privada: a construção de uma siderúrgica em Marabá pela Vale. Uma empresa que em muitos aspectos se configura como um estado dentro do estado.


Ao governo estadual, a quem cabe a obrigação de ver toda a população, os mortos e miseráveis são invisíveis. Neste caso, contrariando Saint Exupéry em seu antológico “O pequeno príncipe”, o essencial não é invisível aos olhos. E só vê bem com o coração, quem ainda se indigna diante de tanta iniqüidade.


Mudar esse mundo é preciso. Não dá mais para conviver com hipocrisias e mentiras oficiais, não dá mais para ouvir autoridades afirmarem que a culpa das mortes no desabamento do “morro do bumba”, em Niterói, é da população pobre que “resolveu morar” lá, como se tivessem opção de morar numa suíte na Viera Souto. Por isso revoltar-se é inadiável. Precisamos ver, precisamos não morrer, precisamos da luta.


Fernando Carneiro é Historiador, membro da equipe editorial do Ponto de Pauta e pré candidato do PSOL ao Governo do Pará.

Fonte: http://ribamarribeirojunior.blogspot.com/2010/04/fernando-carneiro.html


 
 
MARABÁ NO TOPO
 
Em vez de liderar o IDH, Marabá lidera IHA



Marabá registra a situação considerada "mais grave" pela pesquisa em termos de vidas perdidas na adolescência, com o IHA de 5,2 mortes em cada grupo de mil. A cidade foi a única da região a registrar média superior a cinco. Macapá (AP) e Porto Velho (RO) ficaram com valores entre três e cinco jovens assassinados.


A pesquisa foi feita em parceria pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e a ONG Observatório de Favelas. Foram analisados os dados dos 267 municípios do país com mais de 100 mil habitantes.


E aí azulino?
Qualificação profissional!
Esporte e Lazer na periferia!
Programas Sociais permanentes!
Inclusão Digital!
Escola para todos!
Iluminação Pública!
É um bom começo!!


Fonte: http://ribamarribeirojunior.blogspot.com/2009/08/violencia-1-maraba-no-topo.html




PROGRAMA DE REDUÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA ADOLESCENTES E JOVENS

28/07/2009


Teve início às 9h de hoje, 28, no auditório da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura – SEASP, reunião da Rede de Atendimento à Criança a ao Adolescente, composta pela Secretarias Municipais de Esporte e Lazer – SEMEL, Educação – SEMED, Saúde – SMS, Conselho Tutelar e Ministério Público, além de diversas outras entidades representativas. O objetivo era apresentar o “Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens” instituído pela SEASP como resultado de sua integração no programa Nacional de Redução da Violência Letal na Infância e Adolescência, gerido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), que atua no enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes em todo o país, em colaboração com os Municípios e Estados.

Após apresentação conduzida pela assistente social Nadjalúcia Oliveira, da metodologia do Programa obtida junto à SEDH, durante recente encontro nacional ocorrido em Brasília, houve a formação de reunião de trabalho onde os cerca de 25 participantes puderam sugerir uma série de ações no sentido de colaborar com sua implantação conforme a realidade do município. Algumas, inclusive, previamente formuladas a partir de suas experiências, decidiu-se iniciar um completo levantamento de necessidades fundamentais, sob a ótica de cada entidade, para em seguida partir para a realização, a curto prazo, de uma Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, cuja data será brevemente definida. Nesse contexto, com objetivo similar, haverá também o lançamento de uma campanha intitulada “Cadê Seu Filho?”.


Segundo a titular da SEASP, Edileusa Magalhães, o triste posto de 18º lugar que Marabá ocupa no ranking dos municípios brasileiros com maior índice de homicídios na adolescência não fará a SEASP desanimar. “Não temos dúvidas de que o município reúne todas as condições de se implantar um programa exemplar na redução da violência contra os nossos jovens. Essa será nossa meta”, afirmou.


O Programa de Redução da Violência Letal (PRVL) visa principalmente à promoção de ações de sensibilização. Age perante articulação política e produção de mecanismos de monitoramento, sempre no intuito de assegurar que as mortes violentas de adolescentes e jovens sejam tratadas como prioridade na agenda pública. Na difusão de suas estratégias, pautadas na valorização da vida, o PRVL foi projetado para funcionar sob três eixos:


1 - Articulação Política.
2 - Produção de Indicadores
3 - Sistematização de Experiências

Fonte: http://www.maraba.pa.gov.br/programa-de-reducao-de-violencia-contra-adolescentes-e-jovens
 
 
 
 
PREFEITO DISCUTE PROJETOS PARA ÁREA DE SEGURANÇA EM BRASÍLIA
 
26/02/2010 - 17:11
 
 
Dando cumprimento a sua agenda de compromissos em Brasília, onde está desta a última quarta-feira, o prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR) se reuniu ontem (25), no Ministério da Justiça, com o secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri e o secretário estadual de Segurança Pública Geraldo Araújo. O prefeito estava acompanhado do presidente da Fundação Vale, Sílvio Vaz, do diretor do DMTU (Departamento Municipal de Transporte Urbano), Antônio Araújo, e secretário de Representação do Município de Marabá em Brasília, Marcos David de Aguiar. Na conversa com Ricardo Balestreri, Maurino deixou claro sua preocupação com a área de segurança, dizendo que fará o que tiver dentro do seu alcance, para tentar minimizar a violência em Marabá.



O prefeito pontuou as medidas que vêm tomando nessa área, dentre elas a criação da Guarda Municipal, que contará com efetivo de 140 pessoas; o projeto de implantação do sistema de monitoramento com câmeras de vídeo; e implantação de um sistema de Disk-Denúncia municipal; e da Secretaria Municipal de Segurança Pública.

Outro projeto em discussão no seu governo será o compartilhamento de experiências da Secretaria Municipal de Segurança com a Secretaria Estadual e o Ministério da Justiça. O Secretário Nacional de Segurança Pública concordou e elogiou as medidas e projetos do prefeito no setor e colocou à disposição toda sua equipe na Secretaria Nacional de Justiça para ajudar no que for preciso.


Ricardo Balestreri frisou que o Ministério da Justiça está investindo em projetos de prevenção à violência. Entre os projetos criados está o Pronac, que vem obtendo resultados positivos. Ele, no entanto, reconhece que o recurso ainda é pequeno para a demanda existente.


O secretário estadual de Segurança, Geraldo Araújo, também colocou sua equipe à disposição do município de Marabá e pediu ajuda ao secretário nacional para tenta reduzir a violência no Estado do Pará. O presidente da Fundação Vale, Silvio Vaz, propôs a criação de um grande pacto no combate à violência. Ele falou do projeto Alpa – Aços Laminados do Pará – e observou que o mesmo vai causar um grande impacto no município, porque vai atrair não só investimentos, mas também muitas pessoas para Marabá, que vai sofrer uma grande explosão demográfica.


O pacto seria chamado de PSPP (Parceria Social Pública Privada). O mesmo seria custeado com R$ 6 bilhões dos R$ 17 bilhões que a Vale pagará de impostos entre o ano de 2009 a 2014 do Projeto Alpa. O recurso seria aplicado na área de segurança, educação, saúde e infraestrutura. Para a empresa, isso estaria compensando o impacto que será causado pelo aumento populacional desta região.


Fonte: http://www.maraba.pa.gov.br/prefeito-discute-projetos-para-area-de-seguranca-em-brasilia

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