Baseado no texto de: Rafael Targino - Em São Paulo
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/12/08/pisa-2009-meninas-superam-meninos-em-leitura-mas-perdem-em-matematica-e-ciencias.jhtm
A nação brasileira, devagarinho, vai despertando para algo de muita importância para uma nação soberana: a Educação. Todos os políticos prometem melhorias nas escolas, condições de trabalho, merenda e até nos salários dos mestres. Tudo parece ser paliativo perante um modelo de ensino ultrapassado.
Os políticos procuram inovar com propostas mirabolantes, como se o ensino brasileiro fosse um laboratório. Tudo para passar uma imagem que estão resolvendo o problema do baixo desempenho do ensino brasileiro. No entanto, ainda temos a escola como um espaço pouco atrativo, com elevado índice de evasão e notas baixas.
A evolução no ensino chegou a alcançar em alguns casos, a meta estabelecida pelo Plano de Desenvolvimento do Ensino. Isto já demonstra uma sensível melhoria, ou seja, melhorou apenas em si comparando com os dados de anos anteriores. Poucos Estados alcançaram esta meta. Ainda assim, está longe dos índices de países desenvolvidos, da OCDE, no gráfico ao lado.
Algumas medidas até parecem bem intencionadas como colocar na mesma sala de aula dois professores, doação de uniformes, mochilas, agendas ou até mesmo transformar a merenda em uma refeição escolar. Imaginam que a escola é um restaurante popular e que na sala de aula precisa de um mestre e de um ajudante, ou seja, não encarando o problema seriíssimo da educação com soluções eficientes. O ensino em apenas um período apresenta os resultados que conhecemos: notas baixas. Como podermos ver no gráfico, o ensino está longe de melhorar e, gera enormes problemas sociais, longe de desenvolver a sociedade como um todo. Então, uma grande medida, seria investir na jornada integral.
O ensino brasileiro considera um modelo dito como ultrapassado. O mestre é o senhor do saber, aquele que dá aulas expositivas considerando o aluno apenas como repositório do conhecimento. Mas, o resultado que aponta que o Ensino ainda está abaixo das médias das nações desenvolvidas revela que é preciso ousar, coisa que o ministro Fernando Haddad não pode fazer, envolvido com tantos problemas no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.
O resultado que está sendo divulgado, do desempenho nas disciplinas de matemática, ciências e leitura não credencia a manutenção de Haddad no ministério da Educação. O Brasil melhorou seu desempenho na comparação consigo mesmo, ou seja, não avançou acima das médias mundiais.
Entre as 64 nações participantes do PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos o Brasil continua em 53º lugar no ranking de ciências. O resultado foi divulgado nesta 3ª feira (7). O exame, feito pela OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, avaliou em 2009 o conhecimento de cerca de 470 mil estudantes em leitura, ciências e matemática de 65 países.
COMO É FEITO OS EXAMES
Em ciências, são examinados o conhecimento adquirido e a capacidade de usar esse conhecimento efetivamente. Assim como em matemática, os níveis de proficiências avaliados podem ir de 1 a 6.
O conhecimento na disciplina no Brasil é semelhante ao de países como Trinidad e Tobago, Colômbia, Montenegro, Argentina, Tunísia e Cazaquistão. Não dá para comemorar.
Dentre os países latino-americanos, Chile (44º), Uruguai (48º) e México (50º) tiveram melhor desempenho que o Brasil. Colômbia (54º), Argentina (55º), Panamá (62º) e Peru (64º) tiveram resultados piores.
O QUE É
O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Essa é a quarta edição do exame, que é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.
A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003 e 2006. Os dados divulgados hoje foram baseados em avaliações feitas em 2009, com 470 mil estudantes de 65 países. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de leitura.
PAÍSES PARTICIPANTES
Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coréia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia, dentre outros.
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