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quarta-feira, 18 de julho de 2012

A RELAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE MENTAL E A MEMÓRIA



Recentemente, o The Wall Street Journal publicou um artigo assinado pelo Sr. Bernard Wysocki que abordava um tema muito debatido na sociedade científica norte-americana: a relação entre a atividade mental e a conservação da memória nas pessoas que passam dos 40 anos de idade.

Depois de ser os pioneiros na Saúde Física, os norte-americanos estão dedicados atualmente na manutenção de seus cérebros em forma. Daí os diferentes estudos realizados por respeitáveis instituições científicas sobre este importante tema.

No artigo mencionado, expõem-se vários conselhos para evitar a deterioração da memória. Desde determinadas dietas ricas em VITAMINA A, E e antioxidantes naturais, até dormir o suficiente, maior utilização da mão contrária, fazer exercícios diários e tratar de diminuir as situações que provoquem stress.

Assinala também que o enfoque mais popular para manter afinada a memória constitui em seu treinamento ativo, o que alguns especialistas denominam Ginástica Mental Aeróbica. Para tal efeito, a Universidade da Califórnia, em Los Angeles, oferece cursos de treinamentos da memória, de cinco semanas de duração, baseados em diferentes provas cognoscitivas e conselhos práticos.

Baseados no princípio de que órgão que não se exercita se atrofia, e de estudos recentes que reforçam o critério de que a memória é como um músculo flácido que pode ser tonificado mesmo em idades avançadas é que se popularizaram as propostas da Ginástica Mental como terapia eficaz para evitar a erosão da memória relacionada com a idade. Entre os exercícios recomendados estão jogar brigde, resolver palavras-cruzadas e quebra-cabeças ou aprender um idioma. Isso é, estas atividades podem fazer pelo cérebro o que os abdominais fazem pelo corpo.

Corroborando os resultados positivos da Ginástica Mental, o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos tornou público o maior estudo clínico já realizado sobre o exercício da memória; examinou 2,800 pessoas de 65 anos ou mais. Conclusões: cerca de 26% das que receberam um treinamento normal mostraram uma melhoria substancial. Em outro subgrupo, onde os participantes fizeram exercícios de velocidade de processamento, 87% mostrou uma melhoria muito superior.


R E F L E X Õ E S

Depois de conhecer estes estudos e as conclusões correspondentes, onde se defende o critério de que a atividade mental é fundamental para a manutenção da memória e a atividade geral do cérebro, pergunto-me: que outra atividade pode se constituir numa ferramenta perfeita e possivelmente mais efetiva do que as mencionadas anteriormente para cumprir os princípios de uma verdadeira Ginástica Mental?

A resposta é simples: o Xadrez. Ou acaso uma partida de Xadrez não se constitui, por si só, num exercício mental, onde, a cada instante, o cálculo, a velocidade de processamento e organização de uma ampla gama de informações e a tomada de decisões são fundamentais?

Calcular árvores de variantes e encontrar soluções sob a pressão de um tempo determinado é, por si só, um treinamento mental completo, onde, ademais, fatores desportivos e psicológicos obrigam o jogador a ser sumamente exato no processo mental que implica na busca e comprovação de soluções.

O Xadrez, que é uma das mais interessantes criações do engenho humano, é uma atividade intelectual que se constitui num elemento sumamente importante dentro de diferentes atividades que podem servir para a realização de estudos sobre o comportamento do cérebro. Poucas atividades mentais podem comparar-se ao jogo-ciência como exemplo de processamentos de dados e organização de ideias em busca de solucionar problemas sob determinadas situações complexas e variáveis.

A riqueza temática do Xadrez é incalculável, já que inter-relaciona elementos científicos, artísticos, lógicos, matemáticos, filosóficos, psicológicos, estratégicos e táticos. Estas aplicações permitem assegurar que o Xadrez é uma Ginástica Mental Integral de infinitas potencialidades de investigação no campo da Saúde Mental. Sua prática contribui para prolongar as faculdades intelectuais.

Entendo que não está longe o dia em que os Cientistas dedicados às investigações do cérebro tomem muito a sério o Xadrez como uma ferramenta fundamental para o estudo de diferentes aspectos relacionados com a memória, o processo do pensamento e toda a atividade do cérebro, o mais complexo e perfeito órgão que possui o ser humano.


Bibliografia principal consultada:
The Wall Street Journal, abril / 2003.
Ajedrez para todos, Curso Básico, ISLA - Cuba, 2003.


Artigos do MI Nelson Pinal em espanhol na web Ajedrez Espectacular

Fonte: Ajedrez Espectacular

Extraído de: http://www.torre21.com/modules/articles/article.php?id=56

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