Anne Graham, no artigo Chess Makes Kids Smart (1985), apresenta
opiniões de professores sobre o xadrez, entre as quais é citado como um jogo
que desenvolve lógica, pensamento preciso, encoraja paciência e habilidade para
resolver problemas.
Gashunski, em The Social Pedagogical Significance of Chess, relatou que a mais
importante função social do xadrez é a comunicação entre pessoas de qualquer
lugar do mundo.
O mestre e professor de xadrez Jerry Meyers (2005) faz analogia do
xadrez como uma ponte, pois conecta pessoas de diferentes idades, raças e
gêneros. Além disso, Meyers (2005) acredita que o jogo auxilia na performance
acadêmica pelo fato de contribuir para a competição esportiva, observação,
concentração, imaginação, considerar várias opções, tomar decisões e pensar
antes de agir. Ressalta que “nenhuma dessas habilidades é específica para o
xadrez, mas todas fazem parte do jogo”.
Em 1988, Joyce Brown estudou os efeitos do xadrez na educação de
estudantes especiais. Quando o estudo começou eram 15 inscritos no projeto,
depois de dois anos o número saltou para 398. Foi confirmado não apenas
aperfeiçoamento na leitura e matemática, como também na habilidade de
socializar.
O relatório da Federação Internacional de Xadrez para
a Organização das Nações Unidas em 1988, denominado Children and Peace, aponta que o xadrez fomenta,
encoraja e promove bons hábitos de estudo, ordem e autodisciplina.
A possibilidade de transferir habilidades de um
domínio de conhecimento para o outro de forma útil, através do jogo de xadrez,
foi estudada por Philip Rifner(1992) em Playing chess: A study of the transfer
of problem-solving skills in students with average and above average
intelligence. De acordo com o
pesquisador a transferência pode ser alcançada se ensinado como objetivo
instrucional.
James Liptrap apresenta em Chess and Standard Test Scores (1998) os testes
padronizados que realizou para demonstrar o efeito do jogo em estudantes que
frequentavam clubes de xadrez. Verificou significativa diferença nos resultados
de enxadristas e não enxadristas, inclusive em estudantes com necessidades
especiais, sendo que o primeiro grupo apresentou notas mais altas em matemática
e leitura.
A pesquisadora Basak, no trabalho Cognitive Benefits of Learning to Play
Chess and other Strategy Games (2017), afirma que no início e término da vida, o
ser humano possui menor desempenho em tarefas envolvendo memória de trabalho e
controle cognitivo do que adultos na faixa dos 20 anos. Entretanto,
intervenções, como o ensino e treinamento com o jogo de xadrez, podem otimizar
o processo em crianças, bem como retardar e/ou impedir perdas em adultos com
idade avançada
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#CAPACIDADE DE RESOLVER PROBLEMAS #COMUNICAÇÃO #CONCENTRAÇÃO #IMAGINAÇÃO
#AUTODISCIPLINA
Texto extraído:
ROTHEBARTH, A. V. P. A ludicidade no ambiente corporativo visando
qualidade de vida no trabalho: A prática do jogo de xadrez entre funcionários
de uma empresa. TCC – USP. São Paulo, 2017.
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