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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A FALTA DE ATENÇAO (HIPERATIVIDADE) E O XADREZ

Foto: Revista VEJA
 
 
Francisco Arnilson de Assis*
 

A Hiperatividade é conhecida no meio científico como TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção Adquirida. O portador deste transtorno é geralmente chamado de Hiperativo, dada a sua dificuldade de atenção e concentração. Ultimamente vem se empregando um novo termo: mente inquieta, por conta do comportamento desatento e na falta de foco nas atividades mais corriqueiras.

 
A Revista Super Interessante (ed. 306) de julho de 2012 colocou em evidência aspectos pessoais do repórter Rodrigo Rezende e sua missão de produzir um texto pessoal sobre o TDAH em dois meses e que demorou dois anos para ser concluído.

 
Estima-se que um em cada 20 adultos apresente sintomas suficientes para ser diagnosticado com o TDAH. Este problema foi objeto de um estudo americano que impactou o prejuízo na produtividade anual da ordem de US$ 77 bilhões, cifra muito maior que as despesas com a depressão (43) e a do abuso de drogas (58 bilhões). Portanto, entender e tratar o TDAH significa lucro.
 
 

A psiquiatra e autora de livros Ana Beatriz Barbosa explica que "o defeito está numa parte do cérebro chamada lobo frontal, que fica próxima a testa." O lobo frontal é uma espécie de gerente executivo do cérebro. A função dele é coletar informações e enviar ordens em forma de impulsos elétricos para as outras partes do órgão. Mas, como todo bom gerente, exige um pagamento adequado para trabalhar. No caso, o pagamento é em dopamina, uma substância que regula a interação entre neurônios. Sem ela, os neurônios do lobo frontal não conseguem conversar direito. A empresa começa a funcionar sem um gerente e ganha o setor que grita mais alto. Com medo da falência, a empresa cerebral ainda pode tentar criar uma espécie de caixa dois de dopamina. Aí começa uma busca desesperada por tudo que promove a produção do neurotransmissor: açúcar, sexo, nicotina, jogo, álcool, drogas ilegais. Não é à toa que 17 a 45% dos adultos com TDAH apresentam problemas com álcool, e que o risco de se viciar em drogas é o dobro para quem tem essa doença.
 

"Estima-se que 80% dos casos de TDAH têm origens genéticas", diz o psiquiatra da New York University Lenard Adler.

 
O mecanismo exato de funcionamento dos medicamentos para TDAH é desconhecido. Ritalin, Aderall, Concerta, Venvanse, são algumas das drogas mais eficazes na guerra contra os problemas de atenção. Até a presente data não existe um medicamento que funcione com 100% de eficácia, ou seja, os medicamentos são testados em cada paciente.


No próximo artigo faremos a relação do TDAH e o Xadrez, de que modo ocorre os benefícios para os hiperativos.

 
Para saber mais:
 
 
No próximo artigo: O Jogo de Xadrez - Desenvolvendo Habilidades.


O autor é Licenciado em Letras e Literaturas Vernáculas pela Universidade Federal do Pará e escreve a Coluna Xeque-Mate do Jornal Opinião de Marabá, Pará.

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